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A região Nordeste foi considerada a com maior índice de medo do desemprego, registrando 70 pontos em dezembro de 2016
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A região Nordeste foi considerada a com maior índice de medo do desemprego, registrando 70 pontos em dezembro de 2016



A instabilidade pela qual o mercado de trabalho tem passado parece que não terá fim em 2017. Os desempregados não conseguem se recolocar e quem está empregado vive com receio de perder seu emprego. Essa sensação de insegurança fez com que o Índice de Medo do Desemprego, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentasse alta ao somar 3,6 pontos em dezembro, ao atingir 64,8 pontos. 

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De acordo com uma pesquisa divulgada nessa sexta-feira (6) pela CNI, o Indicador terminou o ano passado acima da média histórica de 48,4 pontos. Vale ressaltar que o indicador varia de zero a 100 pontos e que por isso, quanto mais elevado estiver, maior é o medo do desemprego .  

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Em julho do ano passado, o indicador chegou a alcançar 67,9 pontos, recuando apenas em setembro devido à melhora na confiança dos consumidores e empresários. "O índice de dezembro é um dos mais elevados desde 1996, quando a pesquisa começou a ser feita. Rapidamente a realidade se impôs, e o indicador voltou a crescer em dezembro, porque a recessão continua, o desemprego está aumentando e a inflação permanece alta", explica o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

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No Nordeste, o indicador registrou 70 pontos em dezembro, 11,3 pontos acima do resultado detectado no mesmo mês de 2015. Devido à elevação significativa, a região foi considerada a com o maior medo de desemprego no País. Em contrapartida, o medo do desemprego na região Sul diminuiu, ao passar de  63,2 pontos em dezembro de 2015 para 57,8 pontos no mesmo período de 2016, dando a região o menor resultado entre todas as regiões brasileiras.

Índice de Satisfação com a Vida

A pesquisa evidenciou ainda que o Índice de Satisfação com a Vida ficou estável entre setembro e dezembro de 2016, e o indicador finalizou o ano abaixo da média história de 70 pontos, com 66,8 pontos, ou seja, 0,9 pontos acima do resultado apurado em dezembro de 2015. A região Sul foi a que registrou maior satisfação com a vida, com 69,1 pontos no indicador, valor 4,5 pontos maior em comparação a dezembro de 2015.

No mesmo período, houve queda de 1,4 pontos na região Nordeste, considerada a com maior medo do desemprego, fazendo com que o índice terminasse o ano com 66,9 pontos. "A região Nordeste foi a única a apresentar retração da satisfação com a vida no período", informa um trecho da pesquisa.

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