Após a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio -SP) informar que os varejistas de São Paulo podem deixar de ganhar R$ 10,5 bilhões com o excesso de feriados, foi a vez dos lojistas do Rio de Janeiro estimar o prejuízo.

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Comércio de rua do Rio de Janeiro será o maior prejudicado com os feriados
Fernando Frazão/Agência Brasil
Comércio de rua do Rio de Janeiro será o maior prejudicado com os feriados


A perspectiva do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) aponta que o comércio do município do Rio de Janeiro pode ter prejuízo de R$ 7,5 bilhões este ano.

De janeiro a dezembro serão nove feriados nacionais, três estaduais e dois municipais, além de dois pontos facultativos – sendo eles o da quarta-feira de Cinzas e o de Corpus Cristi – que, segundo a CDLRio, implicarão em mais 12 dias úteis, com possibilidade de prolongamento – o chamado “enforcamento”.

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Cada dia parado representará a perda, em média, de R$ 405 milhões. Ao longo de 2017, o comércio do Rio de Janeiro terá 29 dias, ou seja, quase um mês de movimento prejudicado. A CDLRio informou ainda que o mês de novembro será o mais impactado, já que terá três feriados praticamente seguidos: Finados, Proclamação da República e da Consciência Negra. A análise feita pela entidade do comércio do Rio teve como base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que eles foram corrigidos para o ano atual.

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Emenda de feriados

Na avaliação do presidente da entidade do comércio, a CDLRio, Aldo Gonçalves, os feriados de 2017 e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente os que operam nas ruas que são as que mais sofrem. A explicação para esse maior impacto deve-se, especialmente, ao fato do centro da cidade ficar completamente deserto em dias de feriado.

Outro ponto ressaltado pelo presidente Gonçalves foi em relação aos chamados “enforcamentos”, em que há a possibilidade do trabalhador folgar treze dias a mais no ano, incluindo em sábado, dia considerado como o melhor em vendas ao varejo durante a semana.

. “Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. São quase 30 dias (um mês) de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo, que deixa de arrecadar impostos, os comerciários, que deixarão de vender e, também, o próprio consumidor, que não pode comprar”, disse Gonçalves.

No caso dos comerciários, o estudo diz que eles podem perder até um salário no ano. “É um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, afirmou o presidente do CDLRio.

Outros setores

Em contrapartida, a CDLRio estima que o segmento de hotelaria, bares e restaurantes e serviços ligados ao turismo são os mais beneficiados com os feriados e alguns shoppings centers, devido a maior presença de turistas no Rio de Janeiro.

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