Estimativa é que no Brasil existam mais de 4 mil empresas em estágio inicial, ou seja, startups segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Com ideias inovadoras elas têm atraído a atenção de investidores e com isso desenvolvido segmentos diferentes no País.
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Assim como em 2016, para o ano que se aproxima a estimativa é o desenvolvimento maior deste nicho de mercado e na opinião de investidor Marcio Kogut, que também é um dos apoiadores da aceleradora 20Startups, ainda é preciso quebrar algumas barreiras para que as startups continuam em desenvolvimento sustentável. Ao Brasil Econômico, o investidor falou sobre tendência, dificuldades e sobre os mercados promissores em startups ; leia a entrevista:
Brasil Econômico: Qual a maior dificuldade das startups no Brasil?
Marcio Kogut: Por mais que estejamos vivendo um momento de grande crescimento nesse ecossistema de Startups no Brasil, existem muitos empreendedores e startups, mas pouco dinheiro disponível.
A burocracia costuma impedir o desenvolvimento deste setor?
A burocracia de se iniciar uma Startup está apenas na abertura legal da empresa, que deve seguir os critérios da junta comercial. Normalmente, o empreendedor começa a trabalhar em casa, cafés ou coworking ainda de maneira informal e só estabelece uma empresa após validar o modelo do negócio identificando que está na hora de começar a ter receitas. Alguns empreendedores se preocupam antes com a parte burocrática do que a validação do negócio, algo que não recomendo ser feito na maioria dos casos.
É fácil encontrar startups com ideias inovadoras? Pode mencionar alguns cases?
Uma startup para ter chance de crescer e receber investimentos precisa ser, de alguma forma, ser inovadora em sua proposta de valor. A inovação faz parte do sucesso de uma startup que precisa ter o propósito de resolver problemas, melhorar processos e facilitar a nossa vida como estamos vendo nas Fintechs que estão inovando no segmento bancário.
Mesmo assim, ainda existem muitas startups que não seguem essa regra e acabam morrendo antes mesmo de receber investimento, justamente por não apresentar nenhum tipo de inovação. startup inovadora não é difícil encontrar, mas o que todos os investidores procuram mesmo é uma startup disruptiva, com potencial de reescrever a maneira de algum mercado como vimos no UBER, AirBnb, entre outras.
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Quando se interessou pelo setor?
Eu já estive no outro lado batendo de porta em porta, participando de concursos, pichts e tentando encontrar alguém que acreditasse em nossa ideia e investisse alguns trocados em nosso negócio para continuarmos vivos. Isso foi em 2000 quando eu e meu sócio Marcelo Kogut catávamos moedas para tentar viabilizar nossa primeira startup chamada "eBonus", que tinha como modelo de negócio principal o uso do celular através de interação por SMS (única e melhor tecnologia de comunicação da época), para comprar produtos e pagar despesas (SMS Pay), como também receber bônus eletrônicos de descontos.
O projeto era fantástico nossa previsão em 2000 era que chegaríamos à funcionalidade dos smartphones de hoje, mas ninguém acreditou nisso e investiu na gente. Então criamos a Kogut eBusiness, empresa de consultoria que gerou mais de R$ 8 bilhões em negócios online e agora iniciamos o projeto da aceleradora 20startups para ajudar novos empreendedores.
Quantas startups ajudou desde então?
Atualmente estamos em nosso portfólio quatro startups e vamos selecionar mais 16 em janeiro de 2017 para alocar em nossa aceleradora 20Startups.com. As atuais são: PagConsórcio, TvPlay, Forcemanager e Baby Shop
Quais foram os segmento em destaque este ano?
Este ano o segmento que mais se destacou foi o das Fintechs e deve continuar crescendo e competindo com os bancos nos próximos anos.
Pode-se dizer que as startups levam o mundo dos negócios em um novo patamar? Se sim, qual seria?
As startups vieram para reescrever a história de mercados e negócios. Hoje, grandes corporações procuram entender como aplicar a mesma metodologia de eficiência, agilidade e principalmente estrutura enxuta para funcionar e obter sucesso. As Startups ainda vão engolir grandes empresa e criar novos mercados transformando o mundo dos negócios mais ágil e menos burocrático.
Para 2017 o investidor e especialista em startups listou os setores que serão destaque, sendo eles o de BigData, computação cognitiva, Internet das coisas, segurança contra cybercrimes, serviços on-demand e as fintechs.
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