As vendas de medicamentos nas farmácias tiveram crescimento nominal de 12,4% no acumulado do ano, segundo dados apurados pela IMS Health e compilados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). O crescimento resultou em faturamento de R$ 37 bilhões no acumulado em 2016. Na comparação com o mesmo período de 2015, o faturamento do setor era de R$ 33 bilhões.
+ Vendas das grandes redes de farmácias têm crescimento de 12,74% em abril
Em nota o presidente da Interfarma, Antônio Britto, afirmou que o segmento de farmácias e drogarias sofre menos com a crise por não vender produtos que podem ser cortados da lista de compras do consumidor. “Em comparação com os demais setores, o segmento farmacêutico consegue ser mais resistente às crises porque medicamentos são produtos de primeira necessidade”, afirmou Britto.
Vale ressaltar que o crescimento de 12,4% não desconta o valor da inflação no período, logo, esse desempenho, pode ser considerado moderado. “é preciso descontar a inflação do período e considerar também o aumento de custos para chegar ao crescimento real do setor”. Custo com energia elétrica e a carga tributária do setor também foram ressaltados no balanço da entidade.
Ainda segundo o balanço da entidade, o número de doses comercializadas cresceu 4,9%, passando de 104 bilhões para 109 bilhões. Índice semelhante é observado também nos 12 meses móveis encerrados em setembro – com base em outubro a setembro de 2015: 11,9%. O faturamento pelo varejo passou de R$ 44 bilhões para R$ 49, enquanto a doses comercializadas avançaram de 137 bilhões para 144 bilhões.
+ Farmácia popular: 14 casos em que o estabelecimento pode ser descredenciado
Setor em expansão
Outro fator que ajuda a impulsionas as vendas nas farmácias são os produtos considerados não medicamentos. Itens de higiene pessoal, dermocosméticos e demais artigos relacionados a beleza, representam mais de 30% do faturamento das farmácias no Brasil, segundo balanço mais recente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
A interfarma afirmou ainda que o varejo de farmácias representa cerca de 70% do mercado farmacêutico brasileiro, que hoje movimenta R$ 65 bilhões por ano. O restante do mercado é formado por clínicas médicas, hospitais e universidades, sendo que as compras do Governo respondem por mais da metade do chamado mercado institucional.
Estimativa da IMS Health aponta que o mercado de farmácias no Brasil deve atingir R$ 87 bilhões em 2017.
+ Samu e Farmácia Popular vão ficar sem verbas a partir de agosto