Os títulos públicos de renda fixa registraram uma alta expressiva em suas operações nesta semana. Isso enquanto o mercado se encontra em um período de reação e desconfiança frente ao Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda do governo.

Na quarta-feira (20), o ministro da Cidadania João Roma assegurou que o pagamento do benefício terá início em novembro, e que as famílias não deverão receber menos do que R$ 400. Com isso, existe uma apreensão se o governo conseguirá cumprir o teto de gastos.

Por outro lado, no mesmo dia, o juro pago em um dos títulos prefixados atingiu seu maior valor desde que começou a ser negociado em fevereiro deste ano. Logo, a aplicação com vencimento em 2024 pagava 10,84%.

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Anseio do mercado

De acordo com Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos , os investidores estão preocupados com o descumprimento do teto de gastos. Isso porque, consequentemente, o déficit público do país aumentará. Além do mais, “o medo político tem influenciado com peso na curva de juros”.

O comentário de Arthur Lira (PP-AL) diante dos impactos sociais causados pela pandemia também preocupou o mercado. Afinal, o presidente da câmara afirmou que não se pode priorizar a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto de gastos em detrimento das necessidades da população.

“O principal destaque foi em relação aos contratos de juros futuros negociados na Bolsa que subiram. Com o rompimento do teto, maior será o juro necessário para segurar o investimento dentro do país. Além disso, a nossa moeda é a que mais se desvalorizou entre todos países emergentes”, diz Beck.

Expectativa do mercado

Desse modo, o mercado em geral estava com uma expectativa de acomodação da trajetória altista da taxa de juros. Entretanto, surgiram outros problemas,

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“Novas altas de expectativas se ocorressem teriam de vir do campo político, que é bem mais imprevisível. E foi o que aconteceu”, afirma João Beck.

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